domingo, 7 de agosto de 2011

Os Banhos na Roma Antiga

A palavra em latim Thermae é o termo usado pelos antigos romanos para designar os locais destinados aos banhos públicos. Os banhos públicos tinham diversas finalidades, entre as quais a higiene corporal, a terapia pela água com propriedades medicinais e recreação.
Embora o uso de banhos públicos tenha sido iniciado pelos Caldeus, algumas das primeiras descrições do hábito de frequentar termas no mundo ocidental vieram da Grécia.
Os Gregos utilizavam pequenas banheiras e lavatórios, para higiene pessoal. Alguns exemplos eram os banhos no complexo do palácio de Cnossos, em Creta, e as banheiros de luxo escavados em Akrotiri, Santorini, ambos construídos em meados do segundo milénio antes de Cristo. Os minóicos construíram banhos públicos em ginásios para relaxamento e higiene pessoal.
A mitologia grega precisou que certas fontes naturais e piscinas eram abençoadas pelos deuses para a cura de doenças. Em torno destas piscinas sagradas, os gregos criaram instalações balneares para aqueles que desejassem a cura. Suplicantes deixavam oferendas aos deuses nesses locais e banhavam-se na esperança de uma cura. Os espartanos desenvolveram um banho de vapor primitivo.
Em Serangeum, um balneum grego: câmaras balneares eram cortadas na encosta onde brotavam fontes termais. Uma série de nichos foram cortados na rocha para acomodar a roupas dos banhistas.
Os gregos ultilizavam os recursos naturais do local, mas adicionavam suas próprias comodidades, tais como as decorações e nichos. Durante a civilização grega tardia, os balneum eram construídos frequentemente em conjunção com campos de atletismo, Palaestra.
Os romanos absorveram muitas das práticas balneares gregas, e ultrapassaram os gregos no tamanho e na complexidade dos seus banhos.Como na Grécia, o Thermae romano se tornou um lugar focado para a atividade social e recreacional. Quando o Império Romano expandiu, a idéia do banho público se espalhou para todas as partes do mediterrâneo e em regiões da Europa e norte da África. Com a construção de aquedutos, os romanos tinham água suficiente não só para uso doméstico, agrícola e indústrial, mas também para os seus propósitos de lazer.
Reconstrução virtual do Thermae romano em Weißenburg, Alemanha: Os banhos romanos variavam de simples câmaras, à estruturas extremamente elaboradas, que variavam em tamanho, arranjo e decoração.

Frequentar os banhos públicos era uma das atividades mais comuns no cotidiano da Antiga Roma, era praticado por todas as classes sociais, menos os escravos. Enquantos os extremamente ricos construíam Balneum nas suas casas, o banho dos romanos comuns ocorriam em instalações públicas chamado Thermae.
A população poderia frenquentar também banhos privados, mediante o pagamento de uma pequena taxa. Porém estes Balneum não ofereciam o luxo dos Thermae públicos.
Banhos públicos (Thermae) eram muito mais magníficos e generosamente equipados, havia bibliotecas, calçadas, piscinas e instalações desportivas. O mais famoso de todos os banhos romanos, as Termas de Caracalla, era forrado de mármore e imenso como um pálacio.
Os banhos públicos de grande porte, chamados Thermae, eram propriedade do Estado e muitas vezes cobriam vários quarteirões da cidade. A maior delas, a Termas de Diocleciano, podia armazenar até 3.000 banhistas. As taxas para os eram bem acessiveis, dentro do orçamento dos homens livres romanos.
Ilustração didática reconstituindo a Thermae romana: Os grandes Thermae romanos ofereciam, além do ritual do banho, outras atividades como alimentação, venda de perfumes, bibliotecas e salas de leitura, performances teatrais e musicais. Na Palaestra, um espaço para exercícios e competições esportivas, (corridas, levantamento de peso leve e lutas).

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