domingo, 11 de dezembro de 2011

Do que ri a Mona Lisa

Estou na Sala da Vinci, no Louvre. [...] Do lado esquerdo da Mona Lisa, dezesseis quadros de renascentistas de primeiro time. Do lado direito, dez quadros de Rafael, Andrea del Sarto e outros. E na frente, mais dez Ticianos, além de Veroneses, Tintorettos e vários outros quadros do próprio Da Vinci.
Mas não adianta, ninguém os olha.
Estou fascinado com este ritual. E escandalizado com o que a informação dirigida faz com a gente. Agora, por exemplo, acabou de acorrer aos pés da Mona Lisa um grupo de japoneses: caladinhos, comportadinhos, agrupadinhos diante do quadro. A guia fala-fala-fala e eles tiram-tiram-tiram fotos [...]. E lá se foram os japoneses. A guia os arrastou para fora da sala e não os deixou ver nenhum outro quadro. [...]
Chegou um bando de garotos ingleses-escoceses-irlandeses, vermelhinhos, agitadinhos, de uniforme. Também foram postos diante da Mona Lisa como diante do retrato de um ancestral importante. Só diante dela. [...]
Chegou um grupo de africanos. E repete-se o ritual. E ali na parede os vários Rafaeis, outros Da Vincis, do lado esquerdo os dezesseis renascentistas de primeira linha, do lado direito os dez quadros de Rafael, Andrea del Sarto e outros, e na frente mais dez Ticianos, além dos Veroneses, Tintorettos etc., que ninguém vê.
O ser humano é fascinante. E banal. Vêm para ver. Não vêem nem o que vêem, nem o que deviam ver. Entende-se. Aquele cordão de isolamento em torno da Mona Lisa aumenta a suansacralidade. E tem um vigia especial. E um alarme especial contra roubo. Quem por ali passou defronte dela acionando sua câmera, pode voltar para a Oceania, Osaka e Alasca com a noção de dever cumprido. Quando disserem que viram a Mona Lisa, serão mais respeitados pelos vizinhos.
Mal entra outro grupo de turistas para repetir o ritual,percebo que a Mona Lisa me olha por sobre o ombro de um deles e sorri realmente. Agora sei de que ri a Mona Lisa.

A Mona Lisa: Quadro mais famoso da Rensacença!

Fonte: SANT'ANNA, Affonso Romano de. Porta de colégio e outras crônicas. São Paulo: Ática, 2009, p.33-6

domingo, 6 de novembro de 2011

Existência de Deus: Acreditar ou não?

A crença na existência de um deus (ou vários deuses) acompanha a humadidade desde seus primeiros tempos aqui na terra. Segundo alguns estudiosos, ela surgiu quando líderes de grupos humanos, para explicar os fenômenos da natureza, atribuiam-nos  as obras de um ser superior, onipotente, onisciênte e onipresente, na maioria dos casos. Desde então, a sociedade tem evoluido, a explicação para esses fenômenos naturais foi encontrada, alguns deuses e vários mitos das religiões antigas foram derrubados e ninguém mais acredita neles. Entretanto, o Deus das religiões cristã, judaica e muçulmana, é uma das poucas crenças é um ser divino que ainda permanece consistente. Isso se deve ao fato de que, apesar de ninguém nunca ter provado que ele exista, mas também, nunca foi provado que não exista.
É partir daí que várias discussões sobre o assunto começam. Muitas pessoas, principalmente os acadêmicos e ciências, discordam da existência de Deus. Para eles a ciência é a única forma de explicar os fatos que acotecem no universo e ao nosso redor, e Deus não poderia estar envolvido por trás da ciência. Afirmam eles também, que quem acredita na existência de Deus, são pessoas sem um estudo completo, não-acadêmicos ou pessoas ignorantes que ainda se portam como os seres humanos de antigamente, que atribuiam tudo no universo a existência de um Deus.
Esse fato é, na grande maioria das vezes, verídico. Mas, nem sempre. Não é impossível encontrar cientistas que, mesmo apaixonados pela ciência, acreditam em Deus. Pessoas que ao se tornarem acadêmicos, e adquirirem o conhecimento erudito, ainda sim, mantiveram sua crença. Albert Eisntein, grande gênio da física e personalidade que será lembrada entre nós para sempre, afirmou: "Deus é a lei e o legislador do Universo". Por vezes, Einstein afirmou que, quanto mais a ciência avançava, mais se tornava próxima de Deus, contrariando o que a maioria de seus colegas diziam. Ora pois, pela lógica da coisa, não deveria um dos maiores físicos de todos os tempos, não acreditar em Deus? O argumento de que erudição e fé não se misturam é, por vezes, refutado.
Outro argumento dos que seguem a concepção ateísta, é de que como podemos acreditar em Deus, se ele nunca apareceu diante de nós. Muitos afirmam terem visto uma figura a quem chamam de Deus. Mas por que só eles? Se Deus quer tanto que a humanidade o siga, então, por que não aparece diante de nós? Por que não mostra um pouco do seu poder, já que é tão poderoso? Onde está esse Deus? Perguntam os ateístas.
Realmente, jamais ter visto Deus é algo frustrante. Entretanto, dizer nunca ter visto Deus é, automaticamente, aceitar que sabe como é a sua forma. E quem, entre nós, sabe qual é a verdadeira forma de Deus? Ora pois, Deus pode ser o cara que você encontra na rua quando vai para a faculdade. Pode ser qualquer um, ou, qualquer coisa, ou, tudo ao mesmo tempo. Sem saber qual é a verdadeira forma de Deus, é impossível saber se o viu ou não.
Um detalhe interessante dessa discussão, é que os teístas acreditam que Deus é onipotente, e a maioria deles, que Deus é Puro Bem. Se é puro bem, então, é contra a maldade. Se é contra a maldade, então seu desejo é de combatê-la. Se é onipotente, tem o poder para isso. Então, diante de tais circunstâncias, por que Deus permite a maldade no mundo? Por que ele deixa que os ímpios e desonestos pratiquem seus atos, se dando bem na maioria das vezes? Será que é porque ele tem o desejo de combatê-la, mas não tem o poder? Então não é onipotente. Será que é porque ele tem poder, mas não o desejo? Então não é puro bem. Mas se ele tem a ambos, poder e desejo, então por que não o faz? Será que é porque não existe?
 Se Deus existe, sua forma de trabalho não é conhecida. É como diz o ditado "Deus escreve certo por linhas tortas". Pode ser do desígnio de Deus permitir que a maldade aconteça, para que através dela, o bem possa prevalecer. Pense, caro leitor, em quanas situações de sua vida, você passou por dificuldades, mas através dessas situações, você tirou grandes lições para a vida. Quantas vezes, quando você menos acreditou que poderia escapar dessa, uma "luz no fim do túnel" surgiu. Os planos de Deus podem ser como uma jogada de xadrez: quando uma peça parece perdida, um simples movimento dá uma guinada no jogo, e "quem perdeu, pode ganhar".
Também afirmam os teístas que, como explicar toda a complexidade do funcionamento do universo se encaixar perfeitamente para a existência de vida na terra. Tudo parece cogitar para que nós, seres humanos, e os outros seres vivos possam viver aqui. A natureza parece estar feita sob medida, como em um "Plano Perfeito".  Isto, é obra do arquiteto do universo: Deus. Somente a existência desse ser superior, com inteligência suprema, para arquiteta e "projetar" o funcionamento do universo.
Mas, para contra-argumentar, existe uma teoria científica chamada de Teoria do Príncipio Antrópico. Segundo essa teoria, tudo que existe no universo existe por uma única razão: possibilitar a nossa existência ([Fonte: HowStuffWorks Brasil]). Ela diz que o universo já foi criado e se aadaptado para que nós pudéssemos existir. Tudo se encaixa perfeitamente para qua haja vida, a nossa vida. Dessa forma, nós somos os senhores do Universo, a razão para o universo existir somos nós. Assim sendo, não existiria Deus, e se existisse, ele trabalharia para nós.
E por aí vai. A viagem nessas discussões é longa caro leitor. Dava para fazer um post do tamanho de um livro. Mas, por enquanto, vamos parar por aqui. O que importa é que, se você acredita em Deus, siga a sua fé, e não abale ela com qualquer besteira. E, se você não acredita, "Fé é um dom que não é agraciado a todos" Anjos e Demônios, Dan Brown.
Para encerrar, como diria o nosso colega Helmans (Hawmerson):
Eu sou ateu, graças a Deus

Deus: Será que ele existe?
 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Catapultas, o fim do valor de um homem

A ideia popular de que os gregos e romanos antigos [...] detestavam o trabalho manual __ considerada uma atividade vil relegada a escravos __ está sofrendo mais um rude golpe. [...]
Uma pesquisadora do Imperial College de Londres, Serafina Cuomo, está mostrando agora que teoria e prática, arte e ciência, matemática e engenharia já se harmonizavam perfeitamente no trabalho dos engenheiros militares que projetavam e operavam armas então sofisticadas como as catapultas.
"Uma olhada de perto no desenvolvimento da catapulta mostra que essa separação não existia na realidade. Os engenheiros de catapultas combinaram aptidões matemáticas e de engenharia para criar as armas mais poderosas de sua época", afirmou Cuomo em um artigo na revista científica norte-americana Science. [...]
Matar a grande distância não era aceitável eticamente, como mostra Cuomo ao citar uma frase atribuída a um rei de Esparta, Arquidamo, que reinou de 338 a.C.-221a.C. Segundo o grego Plutarco (46-120 d.C.), ao ver um dardo lançado de uma catapulta, o rei espartano gritou indignado: "Por Heracles, isso é o fim do valor de um homem". Heracles é o semideus Hércules dos romanos, nome mais conhecido hoje. [...]
Já nos assédios e cidades, a nova arma [...] ganhou seu principal papel. Catapultas, disparando dardos ou bolas de pedra, eram a arma ideal para atacar cidades e muralhas. [...] As primeiras catapultas foram criadas no Oriente Médio, onde hoje fica o Iraque, no século IV a.C. Mas foram os gregos que realmente as desenvolveram, usando experimentos e cálculos matemáticos para produzir a artilharia mais letal da Antiguidade. Dionísio, tirano de Siracusa, é o sujeito apontado pelos textos existentes como o grande divulgador das catapultas e dos engenheiros que as construíam. Ele teria até feito um concurso público em 399 a.C. para conseguir os melhores artesãos e engenheiros militares.

BONALUME NETO, Ricardo. Folha de S. Paulo, 22/2/2004.
<www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2202200401.htm> Acesso: 15/3/2005


Pode não parecer, mas essa arma já foi a mais temida do mundo!!!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A Constituição da Mandioca

Por que a Constituição elaborada em 1823 ganhou esse apelido? Saiba como a mandioca, alimento básico de indígenas, trabalhadores livres e africanos escravizados, serviu para medir a riqueza dos brasileiros no tempo do Império.


Os deputados e senadores que elaboraram a primeira Constituição eram todos proprietários de terra e de escravos. Para manter seus privilégios, decidiram que o voto no Brasil censitário, ou seja, só poderia votar quem provasse no censo que era bastante rico.
Como a maior parte da população vivia na zona rural e não havia uma moeda que circulasse por todo país, os deputados e senadores estabeleceram que a mandioca seria a medida de riqueza dos eleitores. Pela quantidade de farinha de mandioca produzida numa propriedade rural era possível saber quantas pessoas aí viviam sob o mando de seu dono.
Segundo a Constituição, para votar era necessário ser cidadão ativo e possuir uma renda anual equivalente a 150 alqueires de mandioca. Isso dava o direito de votar só para deputado; votar para senador exigia renda anual equivalente a 250 alqueires de mandioca. Disputar um cargo político exigia mais riqueza: uma renda anual equivalente a 500 alqueires de mandioca para candidatar-se a deputado e nada menos que o dobro para candidatar-se a senador.
A Mandica, alimento que já serviu até como medida de riqueza!

A Constituição da mandioca não chegou a ser concluída, pois a Assembléia Constituinte foi fechada pelas tropas de Pedro I. Mas a Constituição imposta em 1824 pelo imperador manteve o voto censitário.

Fontes: Adaptado de Oldimar Pontes Cardozo, História Hoje. São Paulo: Ática, 2008.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A Legião: Os Banhos na Roma Antiga

A Legião: Os Banhos na Roma Antiga: "A palavra em latim Thermae é o termo usado pelos antigos romanos para designar os locais destinados aos banhos públicos. Os banhos públicos ..."

domingo, 7 de agosto de 2011

Os Banhos na Roma Antiga

A palavra em latim Thermae é o termo usado pelos antigos romanos para designar os locais destinados aos banhos públicos. Os banhos públicos tinham diversas finalidades, entre as quais a higiene corporal, a terapia pela água com propriedades medicinais e recreação.
Embora o uso de banhos públicos tenha sido iniciado pelos Caldeus, algumas das primeiras descrições do hábito de frequentar termas no mundo ocidental vieram da Grécia.
Os Gregos utilizavam pequenas banheiras e lavatórios, para higiene pessoal. Alguns exemplos eram os banhos no complexo do palácio de Cnossos, em Creta, e as banheiros de luxo escavados em Akrotiri, Santorini, ambos construídos em meados do segundo milénio antes de Cristo. Os minóicos construíram banhos públicos em ginásios para relaxamento e higiene pessoal.
A mitologia grega precisou que certas fontes naturais e piscinas eram abençoadas pelos deuses para a cura de doenças. Em torno destas piscinas sagradas, os gregos criaram instalações balneares para aqueles que desejassem a cura. Suplicantes deixavam oferendas aos deuses nesses locais e banhavam-se na esperança de uma cura. Os espartanos desenvolveram um banho de vapor primitivo.
Em Serangeum, um balneum grego: câmaras balneares eram cortadas na encosta onde brotavam fontes termais. Uma série de nichos foram cortados na rocha para acomodar a roupas dos banhistas.
Os gregos ultilizavam os recursos naturais do local, mas adicionavam suas próprias comodidades, tais como as decorações e nichos. Durante a civilização grega tardia, os balneum eram construídos frequentemente em conjunção com campos de atletismo, Palaestra.
Os romanos absorveram muitas das práticas balneares gregas, e ultrapassaram os gregos no tamanho e na complexidade dos seus banhos.Como na Grécia, o Thermae romano se tornou um lugar focado para a atividade social e recreacional. Quando o Império Romano expandiu, a idéia do banho público se espalhou para todas as partes do mediterrâneo e em regiões da Europa e norte da África. Com a construção de aquedutos, os romanos tinham água suficiente não só para uso doméstico, agrícola e indústrial, mas também para os seus propósitos de lazer.
Reconstrução virtual do Thermae romano em Weißenburg, Alemanha: Os banhos romanos variavam de simples câmaras, à estruturas extremamente elaboradas, que variavam em tamanho, arranjo e decoração.

Frequentar os banhos públicos era uma das atividades mais comuns no cotidiano da Antiga Roma, era praticado por todas as classes sociais, menos os escravos. Enquantos os extremamente ricos construíam Balneum nas suas casas, o banho dos romanos comuns ocorriam em instalações públicas chamado Thermae.
A população poderia frenquentar também banhos privados, mediante o pagamento de uma pequena taxa. Porém estes Balneum não ofereciam o luxo dos Thermae públicos.
Banhos públicos (Thermae) eram muito mais magníficos e generosamente equipados, havia bibliotecas, calçadas, piscinas e instalações desportivas. O mais famoso de todos os banhos romanos, as Termas de Caracalla, era forrado de mármore e imenso como um pálacio.
Os banhos públicos de grande porte, chamados Thermae, eram propriedade do Estado e muitas vezes cobriam vários quarteirões da cidade. A maior delas, a Termas de Diocleciano, podia armazenar até 3.000 banhistas. As taxas para os eram bem acessiveis, dentro do orçamento dos homens livres romanos.
Ilustração didática reconstituindo a Thermae romana: Os grandes Thermae romanos ofereciam, além do ritual do banho, outras atividades como alimentação, venda de perfumes, bibliotecas e salas de leitura, performances teatrais e musicais. Na Palaestra, um espaço para exercícios e competições esportivas, (corridas, levantamento de peso leve e lutas).

domingo, 5 de junho de 2011

A História da Festa Junina

Olá caros leitores. O mês de Junho chegou, e com ele as festividades juninas. Quadrilhas, forró, comidas típicas, muita alegria e satisfação, principalmente por parte dos nordestinos. Agora, será que as pessoas que adoram tanto a festa junina, ou pelo menos ouvem falar dela, conhecem a sua história? Qual é a sua origem? Como ela chegou aqui no Brasil? Bem, o blog da Legião pesquisou e apresenta aqui um breve resumo de tudo isso.
A Festa Junina teve origem a partir de uma festa pagã que comemorava o solstício de verão. "Mas o que isso quer dizer?" você deve estar se perguntando. Pagã vem de paganismo, que era a religião de boa parte da Europa, e de alguns outros lugares, antes do cristianismo. As pessoas dessa religião celebravam uma festa no solstício de verão (que é o dia do ano em que o sol mais demora a se pôr, ou seja, é um dia muito longo, com uma noite curta), em homenagem  aos seus deuses pagãos (como o sol por exemplo, que para eles era um deus), para comemorar a colheita, oferecer sacrifícios dentre outras coisas. Você agora deve estar pensando: "Se é solstício de verão, então é no verão, ou seja, dezembro e não junho". Você está certo, pra nós o verão é em dezembro, mas essa festa era feita na Europa, e lá é ao contrário, o verão é em Junho. Enfim, quando o cristianismo chegou, a Igreja Católica, para facilitar a conversão, criou uma festa parecida com a festa pagã do solstício, só que, em homenagem a João Batista (São João). Dessa forma, os pagãos que se convertiam continuavam com a sua festa tradicional, só mudando alguns detalhes.
O nome Junina tem duas origens prováveis: A primeira é por ser no mês de Junho; a outra diz que a festa era chamada antes de Joanina (por causa de São João), e só depois virou junina. Por volta de 1500, a festa já era popular na maioria dos países da Europa, a festa cristã agora, e foi trazida ao Brasil pelos portugueses, ainda na época em que o Brasil era colônia. Ganhou popularidade no Nordeste, sendo hoje bastante tradicional por lá.
Agora, e quanto as tradições da festa, como a fogueira, o balão, de onde elas vieram? O blog da Legião fêz o dever de casa e pesquisou isso também. Bem, vamos por partes:
1- A Fogueira: a fogueira também veio da festa pagã do solstício, era acendida para representar justamente o sol. Foi convertida para o cristianismo como forma de representar a fogueira acesa por Isabel para avisar Maria do nascimento de São João. No Brasil ela tem uma outra utilidade: como aqui a festa é feita em um mês frio, ela serve também para aquecer as pessoas ao seu redor;
2- O Balão: o uso de balões também está relacionado à fogueira e aos seus efeitos visuais. Segundo a tradição os balões são acendidos para avisar que a festa começou. Em alguns lugares, como Portugal, papéis com pedidos são amarrados no balão antes dele ser solto. Já os fogos de artifício seriam para "acordar São João";
3- A Quadrilha: a quadrilha brasileira tem origem na dança de salão francesa para quatro casais, a "quadrille", popular na França entre o ínicio do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. Por sua vez, a quadrille tem origem na "contredanse", popular entre a elite francesa no século XVIII. A contredanse se desenvolveu a partir de uma dança camponesa de origem inglesa, do início do século XIII.
Vale ressaltar que hoje existem diferenças no modo de celebrar a festa Junina entre cada lugar. Aqui mesmo no Brasil, existem diferenças entre como ela é celebrada no Nosdeste e no Sul. Outro ponto a destacar é que, no Brasil e em Portugal principalmente, comemorasse também o dia de Santo Antônio (13 de Junho), e São Pedro (29 de Junho).
Festa Junina: Uma grande tradição cristã de origem pagã!

Então é isso. Se fosse para falar de festa Junina poderiamos escrever um livro inteiro, por isso apresentamos apenas um pequeno resumo, só para satisfazer a curiosidade. Boas Festas, e se gostou do texto, comente e indique para seus amigos, se não gostou, comente também deixando a sua sugestão. Um grande abraço e até mais!

domingo, 29 de maio de 2011

O mundo antigo é mais macho que o atual?

Muitas pessoas no mundo, principalmente as de mais idade e as que tem preconceito contra homossexuais, vivem afirmando que: "Antigamente não tinha essas besteiras, os homens eram macho de verdade". Ou seja, afirmam que o mundo antigo é mais macho que o atual. Mas será isso mesmo?
Para fazer a nossa "investigação histórica" nós voltamos no passado mesmo, na verdadeira Antiguidade, entre, nada mais nada menos que 5000 a. C. e 476 d. C. Por aquela época o pensamento das pessoas era bem diferente que o nosso em muitos aspectos. Mas, nos interessa saber como era a "masculinidade" por lá.
Bem, os homens pra começo de conversa, praticamente viviam na guerra. Mesmo aqueles que trabalhavam como camponês ou artesão, mas chegava um momento na vida em que ele iria lutar em algum lugar. Era muito dificil naquela época um homem não ir para guerra. Isso se deve a duas principais razões: 1) Haviam muitas guerras, o homem tinha prazer em guerrear; 2) Em muitos lugares não tinha exército profissional, então qualquer um era chamado se precisasse.
O caro leitor deve estar se perguntando o porquê eu escrevi isso. Porque se os homens passavam  muito tempo nas guerras, então era muito tempo fora de casa. Longe dos filhos, longe da mulher, e da mulher principalmente. Então imaginem um homem que há dois anos por exemplo, não vê (e nem faz outras coisas) com sua mulher. E o pior de tudo: há dois anos rodeado de marmanjos. Vocês sabem caros leitores o que a maioria deles faziam? Bingo! Isso mesmo! Eles "ficavam" uns com os outros, e mais, era tudo normal. Não havia diferença entre "fazer" com um homem ou com uma "mulher", pra eles, o importante era "fazer".
Se achou isso estranho, então acompanha essa: Em alguns lugares do mundo antigo, na Grécia principalmente, os filhos de pais nobres tinham uma espécie de professor particular, um filósofo que ensinava várias coisas ao garoto, como Matemática, escrever, lutar (isso mesmo, ensinavam a como usar uma espada), dentre outros. Entre essas coisas, adivinhem só o que os filósofos também ensinavam: Bingo de novo! Eles ensinavam a Iniciação Sexual ao garoto, e, nesse meio todo, havia aulas práticas! Ou seja, a primeira relação sexual que o garoto tinha era com o seu professor. Um grande exemplo disso era Alexandre, O Grande, que tinha Aristóteles como professor, e sim, eles fizeram o que você está pensando.
Aristóles dando umas aulinhas para seu pupilo Alexandre

As coisas não param por aí. Já na Idade Média (entre 476 d. C. e 1453), um período mais recente, ainda era comum um homem beijar outro na boca! Só era considerado imoral se um homem beijasse o outro na bunda (é verdade caros leitores, podem acreditar). Então, imaginem só, o seu vizinho chega em casa: "Oi compadre, tudo bem?" e ao invés de um aperto de mão, dá um beijo na boca em seu pai. Isso era comum há 700 anos atrás.
O fato é que cada época é a sua época. Tá certo que "antigamente" os homens eram menos sentimentais do que são hoje. Eles eram mais rígidos e mais calados, na presença das mulheres principalmente, mas não quer dizer que eles não faziam nada "esquisito", assim como também, se quem viveu naquela época pudesse saber o que as pessoas fazem hoje, achariam a gente esquisito também.

domingo, 15 de maio de 2011

Conclusão da Enquete

Caros leitores, devido a alguns problemas que o administrador desse blog teve, tivemos um bom tempo sem postagens novas, mas agora, o blog da legião volta com força total! E para começar, vamos tratar de um assunto interessante: A enquete sobre "Quem é mais conhecido no mundo: Jesus Cristo ou a Coca-cola?". Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a todas as pessoas que visitaram e votaram na enquete. Agora, vamos analisá-la.
O resultado mostrou que os visitantes acreditam que Jesus é mais conhecido no mundo. Na verdade, apenas quatro pessoas votaram na Coca-cola. Mas será que é isso mesmo?
Jesus Cristo é o nome mais dito nos últimos dois mil anos. A religião Cristã é a maior do mundo, contando com 2 bilhões de adeptos (isso se juntarmos a Igreja Católica com as Evangélicas, afinal, são todos cristãos, apenas com diferentes opiniões sobre como adorá-lo). Suas ações são bastante comentadas e algumas vezes as pessoas até tentam seguí-las (o que deixaria o mundo muito melhor se os ensinamentos de Cristo fossem seguidos). Vários livros e filmes tratam da sua vida e do que ele disse. Algumas outras religiões, como a mulçumana por exemplo, tem até orações reverenciando a Jesus Cristo (só que sem chamá-lo de Cristo, pois o nome Cristo indica Jesus como filho de Deus, e para os mulçumanos, Jesus foi só um homem comum). A fama que Jesus tem é inigualável, e ninguém pode negar isso.
Jesus Cristo, o nome mais falado nos últimos 2 mil anos.

Como no Brasil quase todo mundo é cristão (eu digo cristão, no geral, sem distinguir entre católicos e evangélicos), quando se fala em religião por aqui, o nome que vem a cabeça é logo o de Jesus. O nosso calendário tem feriados baseados na vida de Jesus, como a páscoa, Corpus Cristhi, natal. Para nós brasileiros, com exceção dos que são viajados, é difícil imaginar um lugar onde não tenha cristão. Aliás, o Ocidente (Estados Unidos, Europa, Canadá e América Latina) é também nesse jeito: maioria cristã, e portanto, com o nome de Jesus sendo o mais falado.
Entretanto, a pergunta foi: Quem é mais conhecido no MUNDO? O mundo camaradas leitores é um lugar grande. No Ocidente, comforme foi dito acima, Jesus é bastante conhecido. Na África, que também faz parte do mundo Ocidental mas com algumas diferenças, Jesus também é bastante conhecido, assim como no Oriente Médio (região de Israel, Iraque, Irã, etc). A coisa começa a ficar diferente quando chegamos mais pro Oriente (Índia, China, Indonésia). Nesses países, sudeste da Ásia, extremo Oriente, as religiões predominantes são outras. Poucos são os cristãos por lá. Assim, os nomes mais conhecidos são Buda, Confúcio, deuses como Brahma, Shiva, dentre outros, e não o nome de Cristo, como estamos acostumados. Nesse países, existem lugares onde o nome de Jesus jamais foi falado. E muitas pessoas moram por lá (só na China tem mais de 1 bilhão). Muitas pessoas que não conhecem a Cristo.
Agora, vejamos a Coca-cola. Ela é uma empresa, e não uma religião. Aliás, uma gigantesca empresa que está presente em quase todos os países do mundo, inclusive nos do extremo Oriente. Apesar de ser mais nova do que Cristo (o nome de Cristo tem 2 mil anos, a Coca-cola só 125), mas vários comerciais da Coca-cola já estiveram entre os mais vistos do MUNDO. Como se isso já não bastasse, a Coca-cola faz propaganda em vários filmes e séries de TV. Às vezes vocês caros leitores não percebem, mas em uma cena de ação, de romance, de comédia, não importa, tem sempre um caminhão com o nome Coca-cola, ou uma geladeira, ou um bar, uma parede pintada, ou até, o personagem do filme tomando uma garrafa dela. E, esses filmes, também são bastante vistos no mundo.
Coca-cola, a empresa com vários comerciais entre os mais vistos do mundo.

Vejamos um exemplo: Digamos que um adolescente de lá de um desses países do Oriente, nasceu por lá, nunca saiu de lá. A sua religião não tem nada a ver com a Cristã, seus pais, colegas, parentes, professores, namoradas, o prefeito, o governador, o presidente, TODOS fazem parte dessa mesma religião. Portanto, ninguém fala em Cristo, ninguém ouve falar nele. Agora imaginemos que um belo dia, esse jovem assista a um filme (tipo um desses Crepúsculo da vida) e nesse filme, um Robert Pattinson da vida está tomando uma garrafa de Coca-cola em uma cena. Ele logo pensa: "Que bebida será essa? Deve ser boa!" Ele então sai, e no primeiro bar ou lanchonete perto da casa dele, ele encontra uma garrafa da "tal bebida". Ele a bebe, e quer goste, quer não, vai passar a conhecê-la. Agora ele fala pra seus amigos, namoradas, que também irão conhecê-la e assim, esse jovem ficará velho e morrerá talvez sem nunca ouvir o nome de Cristo, mas ouviu falar da Coca-cola.
Entende agora caro leitor. O mundo é muito grande, e a Coca-cola pode chegar a vários lugares onde o nome de Jesus não chega. O blog da Legião não pode afirmar com certeza, mas existe uma GRANDE CHANCE,  de o nome de Jesus Cristo ser menos conhecido no mundo do que o da Coca-cola.
E você caro leitor: Concorda ou discorda? Deixe o seu comentário abaixo, sinta-se livre para dizer o que pensa.

domingo, 3 de abril de 2011

Homenagiado do mês

Essa seção irá a cada mês homenagiar um personagem histórico. Pessoas que ao longo de suas vidas fizeram ações que marcaram a história. Bem, para começar, vamos homenagiar alguem que é muito criticado, muito elogiado, e que, melhor de tudo, é brasileiro. O homenagiado esse mês é:
Getúlio Vargas! Personagem da nossa (e quando eu digo nossa, é nossa mesmo) História. Nascido em 19 de abril de 1882, no interior do Rio Grande do Sul,  filho de Manuel do Nascimento Vargas e de Cândida Francisca Dorneles Vargas. Enquanto jovem Getúlio alterou alguns documentos para parecer que havia nascido em 1883 (por que ele fez isso a Legião infelizmente não consegue expicar). O político gaucho Pinheiro Machado foi um dos primeiros a perceber que Getúlio tinha aptidão para a política.
 Ah! Só pra constar, o pai de Getúlio era militar. Talvez seja por esse motivo que Getúlio primeiro tentou seguir a carreira militar, tornando-se em 1898 soldado na guarnição de seu municipio natal. Com a patente de sargento, Getúlio participou da Coluna Expedicionária do Sul, que se deslocou para Corumbá em 1902, durante a disputa entre a Bolívia e o Brasil pela posse do Acre.  Sua passagem pelo exército e sua origem militar influenciaram na decisão de empenhar-se a modernizar as Forças Armadas, reequipa-las, mante-las disciplinadas, e afasta-la da política, quando chegou a presidência em 1930.
 Depois da passagem pelo exército, matriculou-se em 1904, na Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre, atual UFRGS, onde bacharelou-se em Direito em 1907.
 Entrou para a carreira política em 1909, como deputado estadual pelo Partido Republicano Riograndense, e de lá, acabou parando na Presidência da República em 1930.
 Vale ressaltar, que Getúlio não chegou a Presidência pelo voto do povo, mas sim por um movimento revolucionário que o colocou no poder com o cargo de provisório. Somente foi efetivado em 1934, eleito por voto indireto, através da Assembleia que elaborou a constituição de 1934. Em 1937, deu um golpe de Estado, na qual continuou no poder nos moldes de uma ditadura, que de certa forma era popular uma vez que Getúlio tinha popularidade entre as massas. Essa ditadura, chamada de Estado Novo, só foi abaixo em 1945. Entretanto, Getúlio ainda retornaria ao poder, e dessa vez pelo voto do povo, em 1950, de onde saiu
em 1954, quando se suicidou.
A charge acima não foi colocada por acaso. Ela mostra a esperteza de Getúlio durante o Estado Novo (daí ele ter talento para a política). Em 1937, Getúlio tendia para os regimes Nazifascistas, chegando até a construir laços de amizade com esses governos. Já em 1941, com a pressão norte-americana no Brasil, Getúlio tende para o lado "cidadão" da coisa, declarando os instintos de liberdade, chega até a declarar guerra aos seus antigos parceiros. A tendência de liberdade e igualdade foi tão grande que Getúlio chegou a virar "camarada" em 1945. Mas não adiantou, ele foi deposto de todo jeito.
Como presidente Getúlio trouxe algumas conquistas aos trabalhadores (daí ele ser popular entre as massas), mas Getúlio também favoreceu as elites, senão ele jamais teria ficado no poder. Getúlio também  deu algumas contribuições para a indústria e para o petróleo no Brasil. Por ser, como já dissemos no início, uma personalidade tão elogiada e tão criticada ao mesmo tempo, dedicamos esse espaço para que você leitor pudesse saber um pouco mais sobre ele: Getúlio Dorneles Vargas. 

Venha conferir.....

O blog da Legião, como todo amante da História, também busca outras fontes, além dos livros, relacionadas aos assuntos históricos. Essas fontes são filmes, documentários, séries de TV, dentre outros. Para inaugurar a nossa seção venha conferir, trazemos um filme que pode ser bastante interessante. Vamos conferir:
 Nação do medo (Fatherland)
  Esse filme é um tanto exótico. A história dele é o seguinte: A Alemanha ganhou a segunda guerra mundial! Já começa fervendo. Então a história se passa na década de 60, com o mundo dominado pela Alemanha, que está em conflito com a União Soviética, e quer o apoio dos EUA. A partir daí começa a surgir uma série de fatos estranhos que só assistindo ao filme pra ver. O interessante do filme é que se a pessoa tem uma certa curisidade de saber como seria o mundo se a Alemanha Nazista tivesse ganhado a guerra, pode ver essa suposição, bem bolada, nesse filme.
Nós do blog da Legião recomendamos. 

A Verdade sobre o dia D

No dia 6 de junho de 2004 os governos da Europa Ocidental e dos Estados Unidos fizeram uma grande festa para comemorar os 60 anos do desembarque aliado na Normandia. Uma operação militar que ficou conhecida por dia D. O imperialismo 'norte americano procurou se utilizar desse dia para reforçar mais uma falsificação histórica. Alardeou aos quatro ventos que foi graças a ele, com o apoio dos ingleses, que foi possível derrotar os exercitos alemães e libertar a Europa do Nazifascismo'. O presidente dos EUA na época, George W. Bush, não cansou de bater nessa tecla ao exigir a solidariedade total dos países europeus para a sua "guerra infinita" (a guerra contra o Iraque). Mas nada poderia ser mais falso.
Na verdade, o destino do Nazifascismo começou a ser decidido ainda em dezembro de 1942, quando o exercito soviético impôs aos alemães a primeira grande derrota. Até então, as tropas de Hitler pareciam invencíveis. Eles haviam batido, sem grande esforço, os exercitos da Tchecoslováquia, Polônia, Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgilca e França.
Durante o auge do conflito, a URSS insistiu para que os aliados cumprissem o prometido e abrissem uma segunda frente na Europa, com o objetivo de aliviar a pressão nazista sobre os exercitos soviéticos que resistiam em Stalingrado e outras regiões. Naquele momento, cerca de 3/4 dos exercitos alemães combatiam na frente oriental contra a URSS. Os aliados prometeram várias vezes abrir uma nova frente de combate, mas não cumpriam suas promessas.
Suspeitava-se que alguns "aliados" desejavam ver a Alemanha e a URSS se desgastarem ao máximo para depois intervirem. Afinal, Harry Truman, futuro presidente dos EUA, havia declarado ao New York Times em 24 de julho de 1941, pouco depois da ocupação da União Soviética: "Se virmos a Alemanha ganhar, devemos ajudar os russos. Se a Rússia estiver por cima, devemos ajudar os alemães, de modo que eles se matem uns aos outros ao máximo".
Somente em junho de 1944, quando já estava claro que os exercitos soviéticos poderiam vencer a guerra sozinhos, e já caminhavam triunfantes em direção a Berlim, foi que os exercitos anglo-americanos desembarcaram no norte da França e marcharam rapidamente em direção à Alemanha.